A Crise dos Países Socialistas
Linha dos governantes da URSS:
Lenin – 1917 (1º presidente)
Stalin – 1924
Kruschev – 1953
Brejnev – 1964
Yuri Andropov – 1982
Konstantin Chernenko – 1984
Gorbatchev – 1985
Eleição direta de Boris Yeltsin – 1991
Após a linha dura do governo de Stalin, em 1953, Kruschev inicia a política de desestalinização; porém, sofrendo com a grande pressão dos burocratas radicais, que passaram a boicotar seu projeto político, Kruschev sai de cena.
Em 1964, entra Brejnev, um simpatizante de Stalin. Ao final de seu governo, a economia já mostrava sérios sinais de estagnação por causa dos gastos gigantescos em armamentos e tecnologia para a companhar os EUA.
Em 1985, assumiu o poder Gorbatchev, com o objetivo de recuperar a economia soviética, lançando os planos: perestroica a glasnost.
Perestroica: plano de reestruturação econômica, adoção do economia de mercado (linha keynesiana).
Glasnost: abertura política, adoção da liberdade de expressão.
Entretanto, suas reformas não produziram o efeito esperado e não conseguiram superar a crise.
Em 1991, os defensores da linha dura articularam um golpe para derrubar Gorbatchev; todavia, os soviéticos liderados por Boris Yeltsin conseguiram abortar o golpe, e assim, tornou-se o novo ” todo-poderoso”. Nesse mesmo ano, Gorbatchev renunciou e Yeltsin assumiu o controle de vez.
Conflitos separatistas:
Hungria
Em 1956, primeiro ministro, Imre Nagy, formou um governo nacionalista e anunciou a retirada do país do Pacto de Varsóvia. Essa liberdade não foi bem vista pela URSS que, imediatamente, enviou tropas do Exército Vermelho para a Hungria e bombardearam a capital, Budapeste.
Tchecoslováquia
O primeiro ministro Alexander Dubcek, em 1968, propôs um socialismo de face humana (socialismo utópico, ou seja, imaginativo, não existe); mas Dubcek foi cauteloso e afirmou que o país não sairia do Pacto de Varsóvia.
Enquanto isso, setenta intelectuais divulgaram o manifesto Duas Mil Palavras, reivindicando o pluralismo partidário e o afastamento total de Moscou. A resposta da URSS foi a invasão do país pelas tropas soviéticas. O s russos foram recebidos com flores, daí o nome do movimento: Primavera de Praga.
Durante a invasão, surgiram cartazes com os dizeres: “circo russo na cidade, não dê comida aos animais”.
Após o acontecido, Dubcek foi transferido para o cargo de guarda-florestal.
Em 1989, o povo saiu às ruas novamente reivindicando medidas democráticas, dando início à Revolução de Veludo por seu caráter pacífico, aproveitando o clima da perestroica.
Tal revolução deu tão certo, que, em 1992, a Tchecoslováquia foi dividida em duas repúblicas: Tcheca e Eslováquia.
Polônia
Desrespeitando a legislação vigente, que proibia a existência de sindicatos desvinculados da tutela do Estado, os trabalhadores da cidade de Gdansk, antiga Dantzing, fundaram o sindicato Solidariedade, em 1980, liderados por Lech Walesa.
A Igreja Católica, de presença marcante na Polônia (porque o Papa era polonês), passou a apoiar publicamente o Solidariedade.
O mundo capitalista apoiava Walesa elevando-o à condição de ídolo para minar o sistema socialista e provar ao mundo que eles eram melhores que os socialistas.
Logo, o Solidariedade saiu das fábricas e se expandiu pelo campo com a adesão dos camponeses.
Em 1981, a URSS apoiou o general Jaruzelski para reprimir o movimento, prendendo Lech Walesa e fechando o sindicato.
A partir de 1985, a URSS iniciou uma política liberalizante com Gorbatchev e, aproveitando isso, em 1989, o Solidariedade assumiu o poder e elevou seu líder Lech Walesa à Presidência da República.
Iugoslávia
1ª fase: 1918 – 3 países
2ª fase: 1970 – 6 países e 2 províncias
3ª fase: 2006 – (fim da Iugoslávia) Sérvia e Montenegro
Tudo começou com a Crise dos Bálcãs e com o o assassinato de Francisco Ferdinando. Apoiada pela Rússia, a Sérvia queria anexar a Bósnia-Herzegovina para formar a Grande Sérvia e obter acesso ao mar Mediterrâneo. Porém, o império Austro-Húngaro também tinha o mesmo objetivo. Logo, se sucedeu o atentado de Sarajevo, criando o pretexto que faltava para a eclosão da 1ª Guerra Mundial.
Após a guerra, foi assinado o Tratado de Saint-Germain que originou a Iugoslávia (Sérvia, Croácia e Eslovênia).
Durante a 2ª Guerra, o povo iugoslavo e outros países decidiram se unir, liderados por Tito, para expulsar o exército nazista da área.
Livres da presença nazista, Tito assumiu o poder e implantou o regime socialista de mercado (ou seja, ele assumiu uma política de não alinhamento nem com o capitalismo e nem com o socialismo). Para evitar problemas étnicos, ele criou seis repúblicas: Sérvia, Croácia, Eslovênia, Bósnia-Herzegovina, Macedônia e Montenegro; e duas províncias: Voivodina e Kosovo.
Tito, com a sua política de não-alinhamento, manteve laços com o ocidente, e isso desagradou a Stalin , que decidiu boicotar a economia iugoslava, expulsando-a do Kominform.
Após a morte de Tito, em 1980, os conflitos separatistas cresceram:
-> Em 1991, Croácia e Eslovênia se tornaram independentes.
-> Em seguida, Bósnia-Herzegovina e Macedônia. A maioria sérvia que habitava a Bósnia foi contra a independência e partiu para a guerra. Em 1995, foi assinado o Acordo de Dayton, marcando o fim da Guerra da Bósnia.
-> Em Kosovo, surgiu um novo conflito entre sérvios (xenofóbicos) e albaneses. Em 1999, a ONU passou a controlar a região.
-> Em 2006, Sérvia e Montenegro se separaram.
-> Em 2008, Kosovo declarou sua independência.
Portanto, hoje, a Sérvia só tem a Voivodina.
Japão
Japão significa “a origem do sol“, por isso sua bandeira tem um círculo vermelho, como na imagem ao lado.
De 1140 a 1860, o governo japonês era representado pelo xogunato (feudalismo), no qual o poder estava descentralizado, ou seja, cada xugun (senhor feudal) comandava seu feudo a seu modo. Havia também um imperador, mas ele não exercia nenhum poder político dentro do país, era somente uma figura simbólica. E tinha a economia fechada para o capitalismo.
Durante o século XVI, quando acontecia a Expansão Marítima, o Japão ficou cheio de sacerdotes e jesuítas que queriam propagar a fé católica e, receoso da influência ocidental sobre a população, o país resolveu se fechar novamente para o Ocidente.
Em 1859, foram restabelecidas as relações comerciais com o exterior graças à investida armada do almirante Matthew Perry dos EUA, que forçou o governo japonês a abrir seus portos. Essa abertura levou à Revolução Meiji, que ocasionou o fim do xogunato e a centralização do poder (nas mãos do imperador Mitsuhito, que mais tarde seria chamado de Meiji).
Meiji significa “iluminada” (Era Meiji = era iluminada)
Outras medidas tomadas na Era Meiji foram: criação das Forças Armadas, exército e marinha (formadas por guerreiros samurais, que foram obrigados a trocar suas espadas por armas de fogo); estudantes japoneses a partir de 14 anos foram mandados ao Ocidente para aprender o conhecimento científico das potências; foram fundadas milhares de escolas, apoiando a política de uma escola para 600 habitantes (incluindo adultos); evolução industrial, promovida na volta dos estudantes do Ocidente, que repassaram o conhecimento às novas gerações etc.
Para manter a sua indústria (aqui, devemos lembrar que o Japão é um país sem muitos recursos naturais, que vive basicamente das importações) adotou uma política imperialista, entrando em combate com a Rússia (1905), disputando o domínio das ilhas Sakalinas e da Coreia; e , mais tarde, conquistou a região da Manchúria.
Durante a 2ª Guerra Mundial, ficou no bloco do Eixo, e após o ataque à Pearl Harbor, na Havaí, viu suas cidades, Hiroshima e Nagasaki, serem totalmente devastadas pelas bombas atômicas.
Curiosidade: após a guerra, o representante dos EUA, Douglas Mac Arthur fez questão de apertar a mão do imperador, Hiroito, publicamente para negar a divindade dele ao povo japonês, cujo corpo até então era considerando intocável.
Com a derrota incondicional (que significa que o país aceita toda e qualquer resolução tomada pelo país vencedor), os norte-americanos impuseram uma série de reformas, desmilitarizando o país, o imperador foi obrigado a negar a sua divindade e adotar uma constituição etc.
O Japão é considerado um dos países com mais atividades sísmicas do mundo, e no dia 11 de março de 2011, sofreu um forte terremoto de 9 graus de magnitude, seguido por um tsunami. O terremoto danificou o sistema de resfriamento dos reatores da central termonuclear de Fukushima, emitindo altos graus de radioatividade na região. Isso nos leva a pensar que a dependência econômica mundial em relação ao Japão é preocupante, pois a qualquer momento ele pode se abater com alguma catástrofe natural e isso repercutir em todo o mundo.
Feito por Dirce.
Comentários em: "História 9" (1)
MUITO BOM